sábado, 26 de setembro de 2009

Mas você nem vai saber.


Aqui estou eu de novo, depois de um certo tempo. É que essa semana -na verdade isso vem há algum tempo - foi bastante turbulenta pra mim. Está ficando bem difícil, confesso. E eu que gosto tanto das cores, das coisas alegres, estou vendo tudo tão nublado. Eu queria escrever algo bonito, algo inspirador, feliz, mas tudo que eu escrevo, digo e faço, é reflexo do meu estado de espírito. Hoje, particularmente, foi um dia bom. Eu vi o mar, conversei com ele. Mas até ele parece estar saturado das minhas lamurias. Vi uma peça de teatro bastante divertida, e arte e alegria, ainda mais combinadas, são coisas que agradam o coração. Hoje pretendo escrever pouco, sinceramente, porque meus dedos não tem mais força, querem se recolher junto ao resto do meu corpo, numa cama, durante muito tempo. E quando eu digo muito, não são oito horas. Na verdade queria que fossem oito dias, oito semanas, oito meses, oito anos, oito vidas. E o que mais me machuca, é não poder falar. Na verdade não é não poder, porque isso é apenas uma questão de coragem e ponto de vista. É não conseguir, não querer. Não o ato em si, mas as suas consequências (é o maldito juízo excessivo me atrapalhando outra vez). Se eu acreditasse (acho que acredito, ou estou passando a) em inferno astral, diria que estou no meu. Me desculpe, mas hoje eu não estou bem. E vou dizer que vou melhorar, que tudo vai ficar bem, que é só uma fase, e que depois da tempestade vem o sol (embora eu saiba que é quase assim) só pra ficar "bonitinho", porque sinceramente, não é isso que eu estou sentindo agora. Mas quem se importa? Nada mais me tem sido tão constante e certo do que esconder o que sinto. Não que eu seja tão diferente, mas esse "mundo" não é pra mim. Não assim.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Abençoando ondas cada vez mais altas.

Hoje eu vi o mar. Não fazia tanto tempo que eu o via, mas, é sempre como se fosse a primeira vez. Foi rápido, mas foi o suficiente. Ele me entende e sabe do que eu preciso. Acho que nunca vi uma manifestação natural tão linda. Chega a entorpecer. Sujei - muito, diga-se de passagem - o meu all star branco, novo, mas não se faz um omelete sem quebrar os ovos, não?

Matei uma aula. De inglês. E confesso estar culpada por isso. Isso não é hábito meu e, não sei, é esquisito, não gosto. Tá, vai, quem nunca cabulou uma aula? É normal, né? - espero.

Não poderia deixar hoje de falar da minha companhia. Não só de idas a praia, mas de tudo. A única que topou ir em Copacabana ver o meu pai, só por ir, só pra me acompanhar. A minha cúmplice, a sobrinha do meu pai, a minha parte mais inseparável, o pedaço mais bonito de mim. Obrigada, vida.





"E todas as noites, assiduamente, ela ia caminhar na praia, ela ia ver o mar. Ele ficava tão bonito, mais bonito do que quando era dia. Mais bonito do que tudo que jamais vira. Ela chegava na beirada, molhava os pés e voltava. Era assim sempre. Não entrava nunca. Não entrava de cabeça e nem gostava de mergulhar. Só admirava. Na verdade se perdia olhando, perdia o olhar. O que ninguém sabia era que ela estava apaixonada. E sabia da impossibilidade. Preferia que ficasse assim, platônico, provando as beiradas vez em quando, mas sem nunca se perder em sua profundidade ou se jogar de cabeça, alma e coração" PC

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Amor em dia de chuva


É só coração. Isso que pulsa, que grita, que bate, que guia. Me guia. O meu maior defeito é ser coração. É expor meu coração. Hoje, confesso que me lembrei, da aula de teatro na qual fizemos a leitura de um texto que falava de um menino que havia nascido com o coração fora do peito. E como ele se magoava, como feriam o seu coração. E é isso que acontece. O que se expõe fica vulnerável, torna-se praticamente público. E o que é público, pode ser cultivado, acarinhado, ou jogado fora, deixado de lado.
Mas, e se eu guardar o meu coração? Seria bom protegê-lo, preservá-lo, mantê-lo intacto. Mas eu perderia tanta coisa. Eu não viria as sons, não escutaria as cores. E então seria expectadora da minha própria morte, eu definharia pouco a pouco, na mesma proporção em que a escuridão e o gelo tomassem conta do meu pobre coração. E tudo isso me soa meio pesado, meio escuro, meio frio. Tenho medo de escuro e de tudo que ele traz. Creio que ficaria cega, surda, muda e provavelmente me esqueceria de como o céu era azul e do quão é brilhante o sol.
Acredito também, que há pessoas que necessitem do meu amor. Não como pleno e único, mas como complementar, como uma ajuda, uma doação. Ne
sse grupo posso encaixar, com certeza, a atual razão pela qual vivo. Nunca tinha levantado da cama de manhã e pensado em alguém, antes de pensar em mim, antes de escovar os dentes, nunca tinha reconhecido ninguém pelo cheiro, não o aroma do perfume, da loção, o cheiro de verdade, o cheiro de sentimento. E poucas vezes tinha amado assim. Pedro Henrique Nunes de Carvalho. Se eu precisar de uma razão pra viver, será essa. E eu posso ver tudo, de maneira clara, guiada por esse amor. Pelo amor em geral, admito. Mesmo que os homens insistam em corromper a pureza natural, a que está entranhada em nós e que simplesmente desaparece, o amor é belo. É puro, é pleno, é querer bem.
Por mais que seja repetitivo, direi de novo. É o amor que me move, e por mais que doa, que eu me questione se isso é certo, se é justo, eu não vou desistir. Eu não vou deixar que me tirem o que tenho de mais precioso, eu não vou fechar meus olhos para o mundo.

Agradecimentos: Maria Gabriella Andrade, Patrícia Pinna de Carvalho, Mariana Mata de Assis, Thaís de Souza Su e Ana Priscila de Carvalho.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Começar de novo.


Primeira postagem. E toda aquela expectativa sobre o que escrever. E quando se determina o assunto vem toda a problemática de como desenvolvê-lo. Mas vamos ao que interessa. Um blog. Já tive alguns, mas nunca duraram muito, provavelmente devido à minha instabilidade. Acho que estou numa fase de mudanças, recomeço. Estou aprendendo algo a cada dia, estou dando valor ao Sol, ao céu, à chuva, a natureza. Sempre dei valor, mas hoje posso ver com mais profundidade. Quem sabe até arriscar uma compreensão. Uma tentativa que seja. Eu ando querendo muitas coisas, e amor acima de tudo. Talvez esse blog seja um espelho do amor que eu almejo, que eu sinto. Pelos meus pais, pelos meus amigos, pelo conhecimento e pela vida, acima de tudo. Sou basicamente um turbilhão de sentimentos, mas o amor se destaca, salta aos olhos, transborda, se reflete na minha pele. É como um animal que não agüenta mais ficar aprisionado. Eu não acho certo aprisionar animais, eu acho errado sufocar o amor. Hm, eu deveria falar sobre mim, sobre o blog. Mas falar de amor me satisfaz, é como um complemento meu, entende? Com o tempo você vai entender - ou não – toda essa confusão. Dizer que vai gostar seria muita pretensão. Não prometo nada, só sentimento, verdade e .