sexta-feira, 30 de julho de 2010

Om Mani Padme Hum


Boa noite. Boa tarde. Bom dia. Faço uma breve postagem visando ser porta-voz de mim. O blog está com um aspecto um tanto afeminado e adolescente, mas eu realmente gostei desse design - risos - mesmo que ele seja um pouco... Rosado. Mas vá lá, minha vida está um pouco rosada. Um rosa bebê, que nada tem a ver com a lenda de que esta seja a cor do amor. Do amor... Bem, do amor bom, inundo-me. Apenas do bom. E cerco-me de boas almas, bons livros, bons discos. E muito pensar. É um dos períodos nos quais meu cérebro está mais ativo. Borbulham idéias, pipocam pensamentos, e caem no chão feito pedaço de nuvem. Tudo regado a muita música, senão não seria eu. Me vou, é hora. Preciso dormir, já sinto cheiro de dia sol.


CARVALHO, Pâmela.

Hoje não vou reciclar.

Ah, foi hoje. Na verdade era pra ter sido há muito tempo, mas foi hoje. Foi hoje dentro de mim. Como se um balde de água benta inundasse meu corpo todo. Por dentro. Por fora. Por dentro. Nessa madrugada fria, sento-me novamente para escrever pra você. Não exatamente pra você. Pra mim. De mim pra mim. Eu mereço. E eu não espero mais que você bata na porta, que o telefone toque, que uma carta chegue. Eu não espero mais. Eu devia escrever uma carta e lhe mandar pelo correio, relatando formalmente tudo isso. Mas não, isso me daria mais trabalho e um custo mínimo que não paga o que me deve. É pouco. E é muito pra quem você é. Eu olho pra tudo aquilo e me pergunto: - Como? Como eu pude? Minha sanidade, onde estava, hein? É duro, viu. Não, não, eu não estou com raiva de você. Veja este sorriso nos meus lábios? Vê? Não há raiva, não há amor, não há saudade. Não há nada. Nada atual. Há as lembranças, mas mesmo estas vão escasseando e em breve será difícil de reconhecer seu rosto nas fotografias. Creio que não há um culpado para isso. Não há nada errado, está tudo bem. Há tempos eu não dizia isso. Está tudo bem! Você me ouve? Ah, que delícia. Eu posso sentir o gosto do "Não me importar com você". É bom. Me lembra o doce de banana da vovó. Tem gosto de vida, sabe? Vamos falar verdades, vamos jogar sorrisos pro ar. Eu estou livre. Livre livre livre. O que você faz não me atinge. O que você diz não me afeta. E não é como aqueles monólogos de auto ajuda do tipo: Eu me amo, eu sou bonita, eu posso, eu consigo. É uma chuva de realidade molhando a sua cara e lavando toda a lama. É uma faxina na casa toda, recolhendo o lixo. Guardei o que me fez bem, lembrarei o que foi bom. E o resto, amassa e joga fora.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Café I

É, eu realmente preciso de um café. Ou dois, ou três, ou mil. E uma dose de whisky, talvez... Algo bem forte e quente pra fazer um trio com a realidade e com o frio esta noite. E vamos nós, falar sobre mim hoje. Tanta coisa aconteceu nesses últimos tempos. Tanta coisa eu aprendi. É como se eu tivesse vivido 10 anos em 3 meses. E quando se vive dez anos extras, se adquire cansaço, cabelos brancos. Não necessariamente sabedoria, claro. E foi tanta coisa, tanta gente. Um entra e sai feito quarto de bordel. Uma série de confusões e um mesmo ponto de partida. E um mesmo ponto de chegada. E um mesmo curso de rio. Mas, alguma coisa mudou. Alguma coisa saiu do lugar e não sabe como voltar. Talvez aquele lugar nem exista mais. Serei breve hoje - as coisas mudam mesmo, hein. Ou não. - porque preciso viver. Vivi dez anos, vivi de novo, vivi três vidas. E nasci de novo. E nascerei amanhã. E depois e depois. Sem esquecer toda a bagagem, toda a bobagem. Sem esquecer de viver.

Traz um café aí por favor.