segunda-feira, 15 de abril de 2013

Amnésia


Eram 09:47 da manhã de um dia nublado e frio. Eu estava no trabalho, sozinha, verificando meus e-mails antes de começar a realmente trabalhar. Vi a seguinte reportagem: “Para manter o amor vivo, marido de 91 anos lê diário para a mulher com amnésia” e chorei. Chorei de verdade, sem vergonha e sem medo. Chorei como uma criança, no sentido mais puro da palavra. Chorei porque ele era eu. Era eu lendo o diário pra você. Era eu indo pra sua casa na chuva e cansada, era eu fingindo estar bem pra não te incomodar e era seu sendo feliz por isso. Parei de chorar e comecei a gargalhar. Existe gente igual a mim! Gente que ama de verdade e que não tem vergonha disso. Gente que se importa, gente que não desiste. Gente que sabe que “vai ser nós dóis até o final.” Gente que sabe que vale a pena ficar.

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