quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Sonhos de um palhaço

"(...)Vejam só
Que coisa incrível o meu coração
Todo pintado nessa solidão
Espera a hora de sonhar
Ah, o mundo sempre foi
Um circo sem igual
Onde todos representam bem ou mal
Onde a farsa de um palhaço é natural
Ah, no palco da ilusão
Pintei meu coração
Entreguei o amor e o sonho sem saber
Que o palhaço pinta o rosto pra viver (...)"



Antônio Marcos

Daquilo que eu queria dizer

"(...)Porra, eu voltei a fumar. E você merece ir pro inferno só por causa disso. Mas não é só isso, antes fosse. Voltei pro's cigarros porque eles me fazem companhia nessas noites frias sem você. Tem feito muito frio. Sinto-me no pólo norte, e sem um mísero casaco. Imagine isso agora. Não deve ser bom, não é? Não, não é bom. Mas então, voltei a fumar. E queria que soubesse disso, para que tenha noção das proporções desta situação. Estou mandando meus pulmões pro espaço e o culpado é você. Não, eu não quero te culpar pelas minhas irresponsabilidades, mas a culpa é completamente sua. Culpa por ter vindo, por ter me feito te amar e principalmente por ter ido embora deixando apenas caos e frio(...)" - PC

Cartas - I.2

"Falando ainda deste texto do Caio - um dia o leio para você ou te continuo contando assim, fragmentadamente - ele tem me esclarecido algumas coisas que me angustiam. O texto fala de um "dragão". Alguém diferente que entrou na vida do autor e que desapareceu da mesma maneira. As vezes acho que você é o meu "dragão". Estas criaturas especiais vem e partem para que o mundo de quem os recebeu, cresça. E você fez meu mundo crescer. Da forma que for, mesmo sem querer. Apenas o fez. (...)
Olha, eu quero que saiba que tem alguém por você. Mais alguém. Que quando as coisas estiverem dando errado, eu continuarei por você. Que quando o tempo, o destino, Deus ou qualquer outra coisa nos afastar irremediavelmente, eu continuarei por você. De longe. Mas com você (...)"

Um dia me surgiu a possibilidade de ter um dragão. Cheguei a pensar que o tivesse, por alguns instantes.  Então, lhe escrevi uma carta, numa madrugada insone. Gosto muito de cartas, tenho muita insônia. Apesar de ele cumprir muito bem seu papel de dragão - expandir meu mundo e partir - achei que devesse escrever algo como uma carta, algo como uma prece. Meu dragão está levantando vôo. Não sei se volta. Creio que não. Mas vá, dragão, e conte comigo. Que seja doce.

Cartas - I

"A vida tem sido amarga, meu bem, acho que por isso cismei com aquela ideia idiota de te mandar um pedaço de bolo. Queria adoçar seus dias de qualquer jeito, trazer um raio de sol nesses tempos nublados e cinzentos. Como foi inviável lhe mandar o bolo, mando esta carta com a mesma doçura. Cartas estão fora de moda, mas não me importo, sou demodê: Escrevo cartas, faço confissões e gosto de pessoas. As vezes gosto muito de algumas delas. Como de você."

Páginas - II

"Estava conversando com uma amiga há tempos atrás e não conseguia de forma alguma, entender porque ela afirmava com tanta certeza que não queria amar ninguém. Ora, o amor é um sentimento tão bonito... Tempo passado, encontrei novamente com essa amiga e lhe dei um abraço. Pedi perdão por tê-la questionado. Porque eu fui fundo. Acreditei piamente na beleza e fluidez do amor. Me joguei sem pára-quedas. E quando você se joga num abismo sem pára-quedas, não se deve esperar que haja uma nuvem sobre o chão pára ampara-lo em sua queda Porque não há. Não digo para não pular do abismo. Pule. Mas abra o pára-quedas com todas as suas forças. Porque o tombo é feio. Dói. E eu não sei se sara."  - PC