quinta-feira, 22 de abril de 2010

Criticamente Pensante

Juro que acho ignorância um enorme desperdício. Somos brindados com uma existência incerta e delimitada por dias, meses, anos. Deve-se considerar que vivemos em uma sociedade capitalista, que prega maçantemente a tradição de trabalhar, dormir, e congelar pensamentos revolucionários. Somos instruídos a ver novela das 9, BBB, ouvir música da melhor qualidade, – música? – passar toda uma pseudo-vida sem desenvolver massa cinzenta – ou pior, não se importar em desenvolvê-la – sendo mecanizado e consumindo sistematicamente. Consciência política, social, ecológica, filosofia, são termos (que para meu medo pessoal) tendem a cair em desuso.

E pra mim, privar-se de pensar, é privar-se de viver, de existir. Já dizia meu grande companheiro Descartes: “Penso, logo existo.”. Mas eu falo de pensar de verdade. Não sei se o problema está em mim, mas chega a ser doloroso, ver que é possível não fazer nenhum tipo de questionamento sobre a vida, sobre a sociedade em que acontece essa vida, sobre tudo. Sobre nada. Sobra Nada. Acho mais interessante uma vida, digamos, sedentária e fértil intelectualmente do que um turbilhão de exercícios externos e um imenso vácuo interior. O problema maior é a indiferença. É querer não saber, é querer ser manipulado, governado, controlado. Os interessados governam, e governam para si. E governam aqueles que não querem governar, não querem pensar, não querem saber. É só o que eu peço por hoje: Pense!

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